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domingo, 1 de abril de 2018

Bola quadrada


Em uma época em que as animações são, em sua maioria esmagadora, feitas por computador, é revigorante ver que existe mercado para técnicas tradicionais como o stop-motion com massinhas. Porém, mesmo sendo um chamativo à parte, o formato nunca vai ser mais importante que um bom roteiro.


O Homem das Cavernas tem o visual charmoso de outros lançamentos da Aardman, como Wallace e Gromit, A Fuga da Galinhas e Piratas Pirados!, mas ficam aquém dos mesmos por escorregar no roteiro. Existem os toques únicos e característicos da produtora, e o divertido pombo(papagaio?)-correio é prova de seu potencial. Só que de uma forma geral, as piadinhas são fracas e a história é previsível e pouco inspirada.

Em sua versão dublada, o protagonista que precisa liderar sua tribo da idade da pedra em uma "batalha campal" contra os invasores da idade do bronze ganha voz através do humorista Marco Luque, com direito a piadinha interna desnecessária: "serhumaninho passando!". Seu trabalho só ajuda a expor os diálogos ruins e aumenta a sensação de que este projeto teria se beneficiado se fosse, como o anterior da Aardman Shaun, o Carneiro, um filme mudo.

Apesar de não valer uma ida ao cinema, O Homem das Cavernas é entretenimento garantido para a criançada, e certamente formará um conveniente programa paralelo à Copa do Mundo quando chegar nos serviços de streaming. Ponto para a Era da Informação.


O Homem das Cavernas (Early Man), 2018




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