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sábado, 20 de fevereiro de 2016

Noscardamus 2016


Como sempre, acho particularmente difícil tentar adivinhar os vencedores do Oscar de Figurino e de Maquiagem. Este ano, atriz coadjuvante está igualmente difícil. E, apesar de não achar muito legal Mad Max ganhar tantos prêmios técnicos, que outras produções (também) mereciam, o grande pesar é pensar que Mark Rylance não vai levar a estatueta de ator coadjuvante.

Sem mais delongas, em negrito, meus palpites sobre quem serão os premiados com Oscar.

ATUALIZAÇÃO: os vencedores sublinhados.

FILME
A Grande Aposta
Brooklyn
Mad Max - Estrada da Fúria
Perdido em Marte
Ponte dos Espiões
O Quarto de Jack
O Regresso
Spotlight - Segredos Revelados


DIRETOR
Adam McKay (A Grande Aposta)
George Miller (Mad Max: Estrada da Fúria)
Alejandro González Iñárritu (O Regresso)
Tom McCarthy (Spotlight - Segredos Revelados)
Lenny Abrahamson (O Quarto de Jack)

ATOR
Eddie Redmayne (A Garota Dinamarquesa)
Matt Damon (Perdido em Marte)
Leonardo DiCaprio (O Regresso)
Michael Fassbender (Steve Jobs)
Bryan Cranston (Trumbo:Lista Negra)

ATRIZ
Charlotte Rampling (45 Anos)
Saoirse Ronan (Brooklyn)
Cate Blanchett (Carol)
Jennifer Lawrence (Joy: O Nome do Sucesso)
Brie Larson (O Quarto de Jack)

ATOR COADJUVANTE
Sylvester Stallone (Creed: Nascido para Lutar)
Christian Bale (A Grande Aposta)
Mark Rylance (Ponte dos Espiões)
Tom Hardy (O Regresso)
Mark Ruffalo (Spotlight - Segredos Revelados)

ATRIZ COADJUVANTE
Rooney Mara (Carol)
Alicia Vikander (A Garota Dinamarquesa)
Kate Winslet (Steve Jobs)
Jennifer Jason Leigh (Os Oito Odiados)
Rachel McAdams (Spotlight - Segredos Revelados)


ROTEIRO ORIGINAL
Divertida Mente (Pete Docter, Meg LeFauve, Josh Cooley, Ronnie del Carmen)
Ex_Machina: Instinto Artificial (Alex Garland)
Ponte dos Espiões (Matt Charman, Ethan e Joel Coen)
Spotlight - Segredos Revelados (Josh Singer e Tom McCarthy)
Straight Outta Compton - A História do N.W.A. (Jonathan Herman e Andrea Berloff)

ROTEIRO ADAPTADO
Brooklyn (Nick Hornby)
Carol (Phyllis Nagy)
A Grande Aposta (Charles Randolph e Adam McKay)
Perdido em Marte (Drew Goddard)
O Quarto de Jack (Emma Donoghue)

FILME ESTRANGEIRO
O Abraço da Serpente (Colômbia)
Cinco Graças (França)
Filho de Saul (Hungria)
Guerra (Dinamarca)
Theeb (Jordânia)

ANIMAÇÃO
Anomalisa
Divertida Mente
As Memórias de Marnie
O Menino e o Mundo
Shaun, O Carneiro

FOTOGRAFIA
Carol (Edward Lachman)
Mad Max: Estrada da Fúria (John Seale)
Os Oito Odiados (Robert Richardson)
O Regresso (Emmanuel Lubezki)
Sicario: Terra de Ninguém (Roger Deakins)

DIREÇÃO DE ARTE
Ponte dos Espiões
A Garota Dinamarquesa
Mad Max: Estrada da Fúria
Perdido em Marte
O Regresso


MONTAGEM (EDIÇÃO)
A Grande Aposta
Mad Max - Estrada da Fúria
O Regresso
Spotlight - Segredos Revelados
Star Wars - O Despertar da Força

FIGURINO
Carol
Cinderela
A Garota Dinamarquesa
Mad Max: Estrada da Fúria
O Regresso

MAQUIAGEM E PENTEADO
Mad Max: Estrada da Fúria
O Centenário Que Fugiu Pela Janela e Desapareceu
O Regresso

CANÇÃO ORIGINAL
"Writing's On The Wall" (007 Contra Spectre)
“Earned It” (Cinquenta Tons de Cinza)
“Manta Ray” (A Corrida Contra a Extinção)
“Til It Happens To You” (The Hunting Ground)
“Simple Song #3” (Youth)

TRILHA SONORA
Carol (Carter Burwell)
Os Oito Odiados (Ennio Morricone)
Ponte dos Espiões (Thomas Newman)
Sicario - Terra de Ninguém (Jóhann Jóhannsson)
Star Wars - O Despertar da Força (John Williams)


EDIÇÃO DE SOM
Mad Max - Estrada da Fúria
Perdido em Marte
O Regresso
Sicario - Terra de Ninguém
Star Wars - O Despertar da Força

MIXAGEM DE SOM
Ponte dos Espiões
Mad Max - Estrada da Fúria
Perdido em Marte
O Regresso
Star Wars - O Despertar da Força

EFEITOS VISUAIS
Ex_Machina: Instinto Artificial
Mad Max: Estrada da Fúria
Perdido em Marte
O Regresso
Star Wars - O Despertar da Força


Como tradição, costumo tirar dos meus palpites as categorias de Documentário e todas as três de Curta-Metragem. Apenas para constar, acho que Amy leva Documentário.

ATUALIZAÇÃO: Nos últimos sete anos, este é o sexto que faço 75%, 15 acertos em 20 categorias (o 100% de 2014, nunca mais). Parece que desaprendi mesmo adivinhar Melhor Filme. Mas, satisfeito com outro erro meu, o grande momento da noite:



terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Making An Opinion


O Homem Que Copiava trazia um personagem que montava suas ideias a partir de apenas parte do que conseguia ler, enquanto fazia fotocópias das centenas de páginas que recebia diariamente. Um reflexo dos milhares de sites existentes hoje em dia e da facilidade de se ler apenas as manchetes nos portais, o filme de Jorge Furtado apresentava os principais sintomas da atual Era da Informação.

Ao mesmo tempo em que existe uma quantidade enorme de dados disponíveis para consumo, há pouco tempo para se dedicar à análise crítica e assimilação do material, além de uma pré-disposição para dedução e conclusão a partir de apenas parte, fragmentos, de um contexto. E como nunca foi possível a divulgação (nem mesmo a criação) de relatos, notícias e histórias totalmente isentos - seja por ideologia, má intenção ou imperícia - a árdua busca pela verdade, pelo real, se torna um exercício complexo, talvez inatingível.

E foi neste mundo que surgiu, e se tornou um fenômeno global, Making a Murderer. Cuidadosamente editada e estruturada, desde sua sequência de abertura - que remete às de True Detective (no visual) e de Game of Thrones (com o tema musical), a série da Netflix faz um ótimo trabalho em conduzir o espectador de uma forma pessoal e muito envolvente. E a natureza polêmica do assunto levou ao resto: centenas de especulações, debates acalorados e surgimento de teorias 'plausíveis' sobre o que de fato teria acontecido vieram à tona após o término dos episódios, como se tratasse de um embate entre Lannisters, Starks e Targaryens e não do sofrimento pelo qual pessoas reais passaram e ainda passam.

Esta sensação de ficção é apenas um dos perigos de Making a Murderer. A outra, e muitos vão perceber facilmente antes mesmo de buscar informações adicionais pela rede, é de ser praticamente unilateral. Não que os realizadores tentem esconder isto, haja visto o título escolhido - "Criando um Assassino". Mas, quem se entrega plenamente à narrativa pode se esquecer de que certamente houve omissão de depoimentos e provas, neste documentário que mostra apenas cerca de 3 a 4 horas de um julgamento que durou 27 dias. Pode até existir um justo contraponto face a quanto a mídia e o promotor Ken Kratz injetaram na opinião pública antes e durante o julgamento em desfavor ao benefício da dúvida de Steven Avery, mas se guiar cegamente somente pela série para decidir pela absolvição do acusado é errado.


Da mesma forma, muitos buscaram artigos e dados na internet após assistirem ao seriado, somente para concluir, com convicção, que foram manipulados por uma série parcial e que não houve nada de errado com a sentença dada no tribunal. E, claro, também menosprezaram que poderiam estar à mercê de artigos tendenciosos e, mesmo que inconscientemente, de suas próprias convicções e deduções irracionais.

O grande feito da série é expor, por um lado ou por outro, a síndrome em que a sociedade atual vive: em constante julgamento e condenação, enraizando opiniões irredutíveis, a partir de partes de fatos e/ ou informações parciais. E, estabelecida a soberana posição, pouco importam as consequências reais - é hora de partir para o próximo clique. Ou a próxima fotocópia.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

O fim e o novo princípio, segundo Venkman


Hoje, segundo uma personagem de Caça-Fantasmas II, era pra ser o fim do mundo...


Mas, na realidade serviu como dia de lançamento do teaser para o trailer da versão feminina dos caça-fantasmas:


Who ya gonna call? !

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Uni Duni Tê...



Hoje, brincando com meu filho, me atentei para uma coisa e tentei imaginar o que aconteceria se alguém resolvesse fazer um 'Uni Duni Tê' para decidir entre Anakin Skywalker, Harry Potter e Neo.

"...e O Escolhido foi voooooooo..."


(system failure)

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Regresso em movimento


Seja tradicional, preto-e-branco, mudo, 3D, animação... cinema é, no fim das contas, uma arte de contar de histórias. O que o distingue de outras artes com mesmo propósito pode ser extraído de sua etimologia: "cinema" vem do grego, kinema - movimento.

Nesse sentido, não há, entre os indicados ao Oscar de Melhor Filme deste ano, produção mais cinematográfica que O Regresso. Sim, Mad Max: Estrada da Fúria é "mais movimentada" que o filme estrelado por Leonardo DiCaprio, mas quantidade é só um parâmetro. Qualidade é também importante. Não que a de Mad Max seja ruim, pelo contrário, mas o que se tem como resultado em O Regresso é cinema em essência e dificilmente poderia ser replicado com tanta excelência em outro formato.


Assim como A Grande Aposta, Brooklyn, Perdido em Marte e O Quarto de Jack surgiram de livros renomados, é fácil vislumbrar Spotlight - Segredos Revelados e Ponte dos Espiões transformados em livros com mesmo ou maior impacto que seus atuais formatos em película (sem desmerecer os feitios de Tom McCarthy e, claro, Steven Spielberg). E quase todos estes outros concorrentes seriam tão interessantes como peças teatrais quanto foram como filmes. Mad Max, que possui enredo simples (em seu núcleo até similar à de O Regresso) e diálogos pouco elaborados, poderia ser desenvolvido tão bem quanto, ou até de forma melhor, em quadrinhos ou videogame.

O que o diretor mexicano Alejandro González Iñiarritú faz é trazer uma dimensão única e complexa, alcançável apenas mesmo com a sétima arte, àquela que poderia ser meramente mais uma violenta história de vingança. E boa parte do mérito deve ser devidamente creditada ao seu diretor de fotografia, o conterrâneo Emmanuel Lubezki, que concebe imagens - e movimentos - belíssimos e complexos. Aliás, será uma grande e desagradável surpresa se Lubezki, já injustiçado uma vez com Filhos da Esperança, não ganhar seu terceiro Oscar consecutivo.

O Regresso pode até perder a principal estatueta deste ano, mas seria um grande erro da Academia premiar a melhor história, em vez do melhor cinema.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

O fã de cinema e o gestor de projetos


Aproveitando que o ano está quase começando (afinal, carnaval já é semana que vem), vou divulgar uma atividade que faz parte das resoluções para este ano manter e (principalmente) aperfeiçoar...

Em meados de setembro do ano passado, depois de ler algo aqui neste blog, o meu amigo (e uma das grandes mentes pensantes e atuantes no cenário nacional de Gestão de Projetos), Ítalo Coutinho, me convidou para fazer parte do seleto grupo de colunistas que escrevem regularmente no portal PMKB - Project Management Knowledge Base.


A ideia era de, em textos curtos, traçar paralelos entre o mundo de projetos/ corporativo e o cinema. Intimidado com tantos artigos técnicos bem embasados e estruturados, fui tranquilizado pelo mentor com a explicação de que o site precisava também de textos mais abrangentes. Assim, aceitei com a proposta de tentar trazer um pouco de leveza às tecnicalidades de gestão de projetos e de mostrar que existem formas de contextualizar interesses de lazer e hobbies na realidade do dia-a-dia profissional.

Acesso direto: http://pmkb.com.br/tag/jose-roberto/