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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Esses nossos filhos


Quem me conhece sabe que se tem alguma coisa que me deixa curioso é, claro, filme. Uma conversa que se inicia com "Como se chama mesmo aquele ator que..." ou "Outro dia vi um filme muito bom, mas não me lembro o nome...", ou qualquer coisa similar, não vai terminar enquanto o assunto não for esclarecido.

Aí começo um papo com meu filho de dois anos hoje a caminho de casa:

- E a escolinha hoje, foi legal?

- Foi!

- O que teve?

- Teve brinquedo... teve história... teve colegas...

- Teve música?

- Teve.

- O que mais?

- Teve cinema.

- Cinema???
(para tudo!!!)

- É, cinema.
(aí que me lembrei que um dia da semana rola um DVD numa sala da escola)

- Qual filme???

- ...
(o que eu esperava, uma resposta tipo "Papai, foi Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças"???)

- Foi um filme ou um desenho?

- É.

- É, qual? O que tinha nesse cinema?

- Tinha... um gatinho.
(opa, estamos chegando em algum lugar)

- Um gatinho! Que legal... E como se chamava esse gatinho?

- ...

- Tinha só um gatinho ou algo mais?

- Tinha gatinho.

- Tinha ratinho também?

- Tinha ratinho!!! É!

- E tinha pessoas?

- Tinha pessoas...
(não sei, não)

- E como era o ratinho?

- Pequenininho.

- E o gatinho como era?

- Grandão.
(claro)

- E que cor ele era?

- Azul e... rosa.

- E eles falavam?

- ...

- Era Tom e Jerry?

- Não. Era gatinho.

- Certo, mas o gatinho se chamava Tom?

- Olha, a moto virou a rua!
(foco na conversa, por favor!)

- É, legal a moto. E o que fez o ratinho?

- Ela vai pra lá e pra cá...
(moto serve só pra atrapalhar mesmo!)

- Então, o ratinho... andou de navio?

- Andou! O ratinho andou de navio.
(Fievel? Ou será que induzi a testemunha?)

- Como se chamava o ratinho?

- ...

- O ratinho andou de carro?

- Andou!

- O ratinho andou de avião?

- Andou!
(hmmpff... indução)

- Ah, tá. Ele fez tudo isso.

- É, tudo isso. Ele fez tuuudo isso.

- Sei. E tinha só um gatinho ou um monte?

- Um montão.
(Aristogatas? Naaa... Até na minha infância Aristogatas era chato.)

- E o ratinho... ele cozinhava?
(Ratatouille???)

- Cozinhava!
(indução de novo?)

- Ah, é? E o que ele usava?

- Colher!
(não era bem a resposta que eu esperava, mas parece não ser indução)

- E que roupa ele usava?

- Roupa de papá.

- Ok. E que cor era a roupa?

- Roupa de papá... vermelha.
(hmmmmpf)

- E ele tinha... chapéu?

- Nãão. Tinha chapéu não.

- E o que o gatinho fazia?

- O gatinho... Era melhor subir a escada.

- Escada???

- É.

- O ratinho fugia do gatinho pela escada?

- Olha um bicho na parede!
(foco, foco!)

- É, um bicho na parede. E o gatinho?

- Ele tá voando! sai! Sai!
(mosquito serve só pra atrapalhar mesmo!)

- Pode deixar o mosquitinho ali, depois ele vai embora.

- O gatinho era inteligente...
(opa, voltamos ao assunto!)

- Hã.

- ...mas a escada era feiosa.
(que escada??? pra quê escada, meu Deus???)

- Sei.

- O ratinho foi na escada. Mas.. ele ia papá.

- Tá bom, tá bom... Podemos mudar de assunto. Vou espantar o bicho na parede.


Conclusões?

Meu filho não me conhece e não vou conseguir dormir hoje.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

A moda da semana


Com um clássico de 1947.



PS.: A propósito, meu sentimento com relação à estas manifestações todas, da forma como estão acontecendo, está mais próximo disso aqui.

O mundo é bão, Sebastião?


Meu conhecimento de religiões em geral é limitado, mas isto não me impediu de debater com um amigo, ateu, sobre a doutrina da reencarnação. Apesar de nem fazer parte da minha crença pessoal resolvi defender, pensando no possível ponto de vista de quem prega.

Para ele "a conta não batia" e "havia um erro de lógica". Se as almas são reencarnadas para evoluírem e daí passarem para outro plano, então: a) a população mundial deveria estar diminuindo, não aumentando, com o passar dos anos; e b) o ser humano deveria estar cada vez mais evoluído.

Levantei duas hipóteses simples como resposta. Ou existem novas almas sendo "fabricadas" ou então estamos em um mundo onde nascem pessoas sem alma. Meu otimismo para com as coisas espirituais me faria acreditar na primeira. Mas, quando vemos notícia recente, como tantas outras, de assaltante que mata a tiros criança de 2 anos no colo do pai, é muito difícil não pensar na segunda, mesmo sob a ótica de uma religião sem reencarnação, sem conta para justificar.

Tem horas que, infelizmente, bate forte a última frase do personagem de Morgan Freeman em Seven - Os Sete Crimes Capitais: "Ernest Hemingway uma vez disse 'O mundo é um bom lugar, e vale a pena lutar por ele'. Pois eu acredito na segunda parte."

terça-feira, 11 de junho de 2013

Aquela descontraída no intervalo


Iluminação, som, cenografia. Ensaios, maquiagem, figurino. Figurantes. Tomadas e mais tomadas. Vida no set de filmagem parece ser tão cansativa que qualquer piadinha ruim deve fazer sucesso.



- ...e sabe como o Batman conheceu a Batgirl? Num bat-papo!

- ...então a entrevistadora perguntou se eu não estava preocupado com a possibilidade de Hollywood fechar suas portas pra mim. E eu: "Ah, é só usar o 'alohomora'!"

- ...porque arqueólogo é alguém cuja carreira está em ruínas!

- ...preocupados com o leão solto na multidão começaram a gritar: "pega o aleijado, pega o aleijado!" E o aleijado, caído no chão: "calma gente, deixem o leão escolher!"

- ...aí o português virou pra ele e disse: "quim, Joa quim".


Acho que tem lugar pra mim no mundo do cinema.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

MedFilmes



Sob inspiração da formatura da minha irmã por direito, e de coração, estive conversando sobre alguns filmes com a temática de Medicina. E comecei a pensar em quais eu poderia recomendá-la neste momento, mas tentando fugir dos mais óbvios como Patch Adams, Filadélfia, Um Golpe do Destino, Tempo de Despertar, Uma Segunda Chance, etc.

Cheguei a três produções recentes, baseadas em histórias reais, bem distintas em tons e mensagens, em três línguas diferentes e que, mesmo quando não tratam da ciência diretamente, retratam diferentes maneiras de como os seres humanos (futuros pacientes, talvez?) enxergam a vida, lidam com o corpo e seus limites e (por que não?) cuidam da alma.

Mar Adentro (2004)

 


O Escafandro e a Borboleta (2007)
 

127 Horas (2010)



Qual a ordem para assisti-los? Acho que a cronológica, de lançamento, é uma boa.

Não são fáceis de ver, mas quem disse que o curso foi??? Bom proveito, Flow e, mais uma vez, parabéns! O sucesso e a realização são só uma questão de tempo!