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sábado, 28 de dezembro de 2013

2014 - O que vem por aí...


Chegou a época da tradicional lista dos filmes mais aguardados do ano seguinte...

Curiosamente, é a primeira vez que em que uma continuação ou refilmagem não aparece no Top 10.

01. Interstellar
Dir.: Christopher Nolan
Com Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Jessica Chastain, Michael Caine
Ficção-Científica - Baseado nas teorias de Kip Thorne, grupo de astronautas exploram uma fenda espacial.
Estréia prevista para 07 de Novembro (EUA) - Trailer

02. Transcendence
Dir.: Wally Pfister
Com Johnny Depp, Kate Mara, Morgan Freeman, Rebecca Hall
Ficção-Científica - Dois cientistas tentam finalizar projeto em que a consciência humana é transferida para computadores, enquanto são ameçados por um grupo radical anti-tecnologia.
Estréia prevista para 18 de Abril (EUA) - Trailer


03. O Destino de Júpiter (Jupiter Ascending)
Dir.: Andy Wachowski, Lana Wachowski
Com Mila Kunis, Channing Tatum, Sean Bean
Ficção-Científica - Uma jovem terráquea é marcada para morrer, pois sua existência pode alterar o equilíbrio do cosmos.
Estréia prevista para 08 Agosto - Trailer

04. Caçadores de Obras-Primas (The Monuments Men)
Dir.: George Clooney
Com George Clooney, Cate Blanchett, Matt Damon, Bill Murray
Drama - Durante a Segunda Guerra, grupo de especialistas em arte é formado para recuperar obras-primas roubadas pelos nazistas.
Estréia prevista para 14 de Fevereiro - Trailer

05. Duas reinterpretações de passagens bíblicas:

Noé (Noah)
Dir.: Darren Aronofsky
Com Russel Crowe, Jennifer Connelly, Emma Watson, Anthony Hopkins
Drama - Noé e o dilúvio que pode acabar com o mundo.
Estréia prevista para 04 de Abril (Brasil) - Trailer


Êxodo (Exodus)
Dir.: Ridley Scott
Com Christian Bale, Sigourney Weaver, Ben Kingsley
Drama - Moisés e a libertação de seu povo do Egito.
Estréia prevista para 12 de Dezembro (EUA)

06. Birdman
Dir.: Alejandro González Iñárritu
Com Emma Stone, Edward Norton, Naomi Watts, Michael Keaton
Comédia - Ator que já interpretou um icônico super-herói agora monta uma peça da Broadway para recuperar seus dias de glória.
Sem data de estréia prevista

07. Solace
Dir.: Afonso Poyart
Com Colin Farrell, Anthony Hopkins, Abbie Cornish
Thriller - FBI busca um recluso paranormal para auxiliar na caça à um serial killer.
Sem data de estréia prevista

08. No Limite do Amanhã (Edge of Tomorrow)
Dir.: Doug Liman
Com Tom Cruise, Emily Blunt, Bill Paxton
Ficção-Científica - Em uma guerra contra alienígenas, um soldado se encontra revivendo seu último dia de batalha, sem parar.
Estréia prevista para 06 de Junho (EUA) - Trailer


09. Beleza
Dir.: Jorge Furtado
Com Vladimir Brichta, Adriana Esteves, Vitória Strada
Drama - Primeiro drama de Furtado, sobre a busca por modelos fotográficas no interior do Rio Grande do Sul.
Sem data de estréia prevista

10. Duas cinebiografias:

Big Eyes
Dir.: Tim Burton
Com Amy Adams, Krysten Ritter, Christoph Waltz
Drama - Centrado na batalha judicial entre Margaret Keane, artista plástica famosa nos anos 50 por retratar crianças com olhos grandes, contra seu marido, que reinvidica crédito pelo trabalho dela.
Estréia prevista para 28 de Agosto (EUA)

Pelé
Dir.: Jeff Zimbalist, Michael Zimbalist
Com Rodrigo Santoro, Vincent D'Onofrio, Seu Jorge
Drama - Produção americana sobre as primeiras décadas da vida do rei do futebol.
Sem data de estréia prevista


Correram por fora:
RoboCop: A Origem (RoboCop) - 07 de Fevereiro
Um Conto do Destino (A Winter's Tale) - 14 de Fevereiro (EUA)
Rio 2 - 28 de Março
Planeta dos Macacos: O Confronto (Dawn of the Planet of the Apes) - 11 de Jullho (EUA)
As Tartarugas Ninja (Teenage Mutant Ninja Turtles) - 08 de Agosto

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Enquanto isso, em Belo Horizonte...


Sempre evitei, evito e evitarei essas pseudo-notícias de (muitas vezes, pseudo-) celebridades.

Não me interessa nem um pouco, e não entendo como as pessoas podem se interessar, se "Madonna leva os amigos da filha para festejar depois de teatro na escola", se "Ambulância é chamada na mansão de Bieber após jovem passar mal" ou se "Bárbara Evans irá remover tatuagem feita em homenagem a seus pais" (Por sinal, nem sabia que ela tinha feito uma tatuagem... aliás, eu nem sei quem é Bárbara Evans! Deveria?) Mas, infelizmente, das manchetes não tenho como fugir, porque sempre estão na capa e, invariavelmente, nas "Mais Lidas" dos principais portais de notícias.

Porém, confesso que na sexta-feira cliquei em uma destas: "Descalço, Matthew McConaughey passeia com a família pelas ruas de BH". (Não posso nem afirmar que era por esperança de que a reportagem abordasse uma rápida entrevista e o ator revelasse algo sobre Interstellar. Não. Sei muito bem como é o mundo pós-Caras.)

Tanto o "descalço", quanto o "passeia com a família", certamente chamarizes para o internauta padrão - ávido por "conteúdo" enquanto o próximo BBB não começa, foram ignorados. O que motivou meu clique foi "Matthew McConaughey em BH".

Não sou de tietagem, muito longe disto. Pelas próprias ruas (e shoppings, claro) de BH  já vi figuras carimbadas, como Débora Falabella e integrantes do Pato Fu, Skank e Jota Quest. Nas várias viagens a trabalho esbarrei com globais e esportistas famosos nos aeroportos. Porém, nunca bati papo nem pedi pra tirar foto. Mas, por alguns segundos imaginei me deparando com o McConaughey e parando pra trocar algumas palavras com ele.

Por quê???

Simples: esse é um cara que já trabalhou, tomou cafezinho, contou piada e deu tapinha nas costas de grandes cineastas como Martin Scorsese, Steven Soderbergh, Ron Howard, Robert Zemeckis, Christopher Nolan e Steven Spielberg.


Já pensou? Um dia, como outro qualquer, saio a pé (de chinelo, pois descalço é pra poucos) pra comprar pão-de-queijo e volto pra casa com dois graus de separação do Spielberg???

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Trupica, mas...


Se a CBF e o STJD influenciassem o cinema, bastaria estes personagens usarem a camisa do Fluminense para terem um outro destino:




segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Wally com atenção


As circunstâncias me levaram a distrair meu filho de 2,5 anos com uma das edições do livro "Onde Está Wally?" Estava certo de que a tarefa de encontrar o personagem no meio daquela confusão visual toda era inadequada pra sua idade, mas resolvi tentar.

- Este é o Wally.


- Hã.

- Ele sempre se veste assim. Tem camisa listrada de vermelho e branco, calça azul e um gorro vermelho e branco também. E sempre está de óculos e segurando uma bengala. Ele gosta de passear em vários lugares. Esse livro mostra um monte de lugar legal: praia, parque... E o Wally vai estar lá passeando, sabe?

Continuei:

- Então, quando eu virar a página vai ter um moooonte de pessoas andando também nestes lugares legais. E o Wally vai estar perdido lá no meio das pessoas. A gente tem que achar o Wally lá. Aí eu vou virar a página, a gente olha com atenção a figura e tenta encontrar o Wally. Pode ser?

- Pode!

- Ó, então eu vou virar... Presta atenção.

E virei.

(clique na figura abaixo pra ampliar - não é exatamente a que tinha no livro que estava em mãos, mas é no mesmo estilo - e veja em quanto tempo consegue achar)



(bom, achou?)

(a que mostrei para ele era mais tumultuada de gente, mas não a encontrei na web...)

(enfim, vamos seguir:)

Esperei algo que 5 segundos para dar o tom da brincadeira:

- Nossa, quanta gente! E aí, achou o Wally?

- Sim.

Eu, incrédulo:

- Sim??? Você já achou?????

- Eu achi. 
(falta o "e" mesmo, de vez em quando)

Em tom desafiador:

- Onde está o Wally, então???

- Aqui, papai:


Simples e objetivo.

Será que o mundo dos adultos não seria bem melhor se todos aprendessem com as crianças a como abordar seus problemas?


domingo, 8 de dezembro de 2013

E o ano?


Piadinha infame vinda das redes sociais, que compartilho com meus companheiros do Movimento dos Sem Facebook.


:)

sábado, 23 de novembro de 2013

Os cinco dos cinco - TV


Continuando a "celebração" dos cinco anos de blog, e levando em conta meu alto consumo de conteúdo de TV neste período, criei uma lista com os cinco melhores episódios que foram ao ar desde novembro de 2008.

Mesmo sem ter assistido a algumas séries que causaram (ou causam) bastante alvoroço como Breaking Bad, Boardwalk Empire, Homeland ou The Walking Dead, eu embarquei nesta. E considerei apenas séries de drama/ficção, ficando de fora as de comédia e as minisséries.

Detalhe importante: obviamente, Lost não entrou no páreo, por concorrência desleal.

Em ordem alfabética, por título da série:

"Pilot" (Awake - S01E01)

"The Rains of Castamere" (Game of Thrones - S03E09)

"Many Happy Returns" (Person of Interest - S01E21)

"The Great Game" (Sherlock - S01E03)

"Pilot" (Touch - S01E01)


Menção honrosa: "Camille" (Les Revenants - S01E01)
(ficou de fora porque é a única das séries avaliadas que ainda não vi todos episódios já exibidos)

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Os cinco dos cinco


Para celebrar os cinco anos de blog, optei pelo simples... Uma lista dos cinco melhores filmes lançados desde novembro de 2008.

Curiosamente, acabou sendo um por ano.

Em ordem de lançamento:

O Segredo dos Seus Olhos (2009)

A Origem (2010)

A Invenção de Hugo Cabret (2011)

As Aventuras de Pi (2012)

Gravidade (2013)


Foram cogitados, mas acabaram ficando de fora: Toy Story 3 (2010), As Aventuras de Tintim (2011), A Separação (2011), Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012), Argo (2012), Rush: No Limite da Emoção (2013).

domingo, 17 de novembro de 2013

O amigo das crianças


Vale o registro.

Acordei num domingo de manhã de 1995 com meu irmão (então com 9 anos) pulando na cama do lado e cantando "Tonari no Totoro" enlouquecidamente. Minha culpa. Na noite anterior eu havia fortemente recomendado que assistisse ao VHS de um tal Meu Amigo Totoro antes que eu tivesse que devolver para a locadora na segunda-feira.

Não sei explicar, mas há algo extremamente encantador e cativante neste filme do mestre Hayao Miyazaki. E mesmo que não seja seu longa mais aclamado, para mim é imbatível.


Então, não deveria ter ficado surpreso hoje, mas fiquei.

Em seus quase 2,5 anos de vida, meu filho nunca havia assistido a um longa de animação inteiro, sem nenhuma interrupção. Sempre achei que isso fosse acontecer com um Pixar, ou um Disney. Até um DreamWorks Animation ou um Aardman passaram pelo cenário da minha cabeça...

Na tarde chuvosa de hoje, depois de ter desistido de Universidade Monstros após 20 minutos, ele foi apresentado, sem muita esperança ou expectativa, a Meu Amigo Totoro. E lá ficou vidrado por uma hora e meia, sem olhar para o lado ou levantar uma vez sequer do sofá.

Mais uma vez, inexplicavelmente, a magia do Miyazaki funcionou. Ainda não entendo porque ele decidiu se aposentar...

domingo, 3 de novembro de 2013

A ilusão


Foi minha esposa quem me alertou para a feliz escolha de Marisa Monte de abrir ontem seu ótimo show em BH com uma música antiga, Blanco. Versos como "Me vejo no que vejo" e "É minha criação/ Isto que vejo" não poderiam estar mais em sintonia com o sugestivo título da turnê, "Verdade, Uma Ilusão".


E ainda sintetizam perfeitamente o que eu sentia quando escrevi sobre As Aventuras de Pi.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O fenômeno terror (...nada a ver com o Ronaldo)


Meu desânimo geral com o terror é que poucos filmes são realmente bons. A grande maioria dos cineastas acha que gerar polêmica, chocar e/ou criar cenas grotescas são os ingredientes catalisadores do medo, o principal produto de um filme de terror. Com isto vários filmes de fato perturbadores, mas muito ruins, são criados e o gênero fica mal representado. Um dia ainda compilarei minha pequena lista dos melhores filmes de terror, mas, enquanto a preguiça não é vencida, aproveito o Halloween americano (que a cada ano que passa faz o Dia das Bruxas nacional ser mais esquecido) para falar de um específico: Poltergeist - O Fenômeno.

Em uma época em que meu tempo e, sobretudo, o conteúdo de TV eram rigorosamente controlados, tive a oportunidade de ver o filme com meus primos no Supercine, num fim-de-semana que dormi na casa dos meus tios. Mesmo tendo passado bastante tempo (eu tinha 8 anos), consigo me lembrar de detalhes específicos daquele sábado, incluindo exatamente onde eu estava sentado. Nunca mais o assisti novamente (e venho pretendendo, sob o sério risco de me decepcionar), mas algumas imagens e cenas nunca saíram da minha cabeça. Acima de tudo, a sensação perdurou durante anos.

Alheio às polêmicas e mitos em torno da produção, tudo o que foi necessário para me assombrar foi o filme em si. Os fatos de bastidores e a fama de amaldiçoado não influenciaram. Durante as filmagens, vários atores relataram acontecimentos sobrenaturais em suas vidas. JoBeth Williams, que interpreta a mãe, encontrava alguns quadros tortos em sua casa que, após arrumados, voltavam a aparecer tortos quando voltava do set. Zelda Rubinstein teve uma visão de seu cachorro despedindo-se dela para, horas depois, receber um telefonema de sua mãe com a notícia do falecimento do bicho de estimação. E, numa ponta mais trágica, a atriz que faz a filha adolescente foi assassinada, aos 22 anos de idade, pelo namorado, poucos meses depois do lançamento do filme. A que faz a filha menor também morreu prematuramente, de estenose intestinal, após filmar Poltergeist III. Ambas estão enterradas no mesmo cemitério.

Mas nada disto, nem o uso de verdadeiros esqueletos humanos na produção (que eram mais baratos que os de plástico), era de meu conhecimento, portanto minha reação foi genuína. Naquela noite não consegui dormir. O fato de existir uma grande árvore balançando com o vento do lado de fora da janela e um quadro, justamente uma pintura de um palhaço triste, no corredor bem em frente à porta do quarto onde estava, pode ter ajudado (ou atrapalhado, no caso). Mas isso daí já é ironia do destino.


Curiosidade: esse medo todo de um filme que traz (spoiler!) apenas UMA morte - a de um pássaro. Mais uma lição pros que acham que fazer terror é só encher a tela de matança e sanguinolência.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Perspectiva


Mais sobre fotografia. Perspectiva. De certa forma um trabalho muito parecido com este aqui.

A antítese do tilt-shift?






Mais fotos aqui.

Difícil não lembrar do ótimo resultado que Spielberg conseguiu em 1987 misturando aviões em escala real e modelos de controle remoto nesta e outras cenas de Império do Sol. Pena não haver um registro mais elaborado dos bastidores desta etapa da produção.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Super 75


O maior super-herói já criado está completando 75 anos. Por aqui, já analisei sua situação jurídica em 2009, já ponderei sobre seu futuro em 2010, já dei o devido valor a seu filme de 1978 e já opinei sobre seu filme de 2013.

Poderia até fazer um post especial de aniversário, (afinal, Batman e Alien tiveram um lá nos primeiros meses de vida do blog), mas Zack Snyder e Bruce Timm já fizeram uma homenagem ligeiramente superior à que eu faria. Então, só me resta colar aqui a pequena animação comemorativa encomendada aos dois pela Warner/ DC Comics e terminar de vez este post de 'recapitulação dos "melhores" momentos do Superman no Padecin'.


sábado, 12 de outubro de 2013

Sobre Gravidade


Eu poderia usar incontáveis palavras para elogiar como que Alfonso Cuarón conseguiu superar sua maestria técnica de Filhos de Esperança neste complexo espetáculo visual que é Gravidade. Poderia usar incontáveis palavras para ressaltar como que esta obra-prima trata a ciência, a natureza, o público e o cinema com respeito. Poderia usar incontáveis palavras para admirar este pequeno, tenso e intenso ensaio sobre a solidão.

Poderia, mas não vou. Vou usar apenas uma. A única que tinha em mente logo após ver o filme (e logo após ter recuperado a respiração):

UAU!


Gravidade. 3D. Cinema já.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O gabarito


O hit da web semana passada foi a abertura que o cineasta Guillermo Del Toro criou para o especial de Halloween dos Simpsons deste ano...

http://www.youtube.com/watch?v=CtgYY7dhTyE

Recheado de referências culturais, sobretudo a filmes de terror (e a filmes do próprio Del Toro), a diversão seguinte foi tentar identificar todas elas.

Pra quem já desistiu, o site Moviepilot acredita ter o gabarito:

http://www.youtube.com/watch?v=3HkuVoUNddY

Minha preferida? Difícil, mas acho que fico com Jasão e o Velo de Ouro em homenagem ao grande Ray Harryhausen que partiu deste mundo há poucos meses.

domingo, 6 de outubro de 2013

Piada periódica


Uma loja de camisetas dos EUA bolou a seguinte (super-bacana) estampa:



No Brasil uma exploração similar dos elementos dessa piadinha renderia no máximo um...

"Sabe o que dá se juntar Amerício, Níquel e Tântalo?

 O Show das Poderosas.
 Em São Paulo."

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Neon


Como seriam os anúncios de filmes em letreiros de neon...











   

terça-feira, 1 de outubro de 2013

O que poderia ter sido


Assistir a Rush (que no Brasil ganhou o horrível subtítulo No Limite da Emoção) me deixou triste. Não que o filme seja ruim, pelo contrário: sem esperar até o fim do ano eu já daria indicações ao Oscar de Som, Trilha Sonora, Edição e, principalmente, Fotografia e Ator (para Daniel Brühl). E não descartaria Filme, Diretor e Roteiro.


Mesmo sendo um sucesso em vários níveis, algo me impediu de desfrutá-lo plenamente: lembranças. Não dos eventos ali retratados, eu sequer era nascido em 1976. É que muitas cenas de Rush me remeteram a cenas de um outro filme, o excelente documentário Senna, de 2010.  Outras materializaram cenários e situações que imaginei ao ler o livro Ayrton - O Herói Revelado . E várias, sobretudo, trouxeram à tona de novo as memórias de uma época em que eu acompanhava a Fórmula 1 como um fã do esporte. Ou pelo menos achava isso. Eu acompanhava, de fato, Senna.

Além do óbvio tema geral, F1,  foram incontáveis as cenas de Rush responsáveis por isto: o questionamento se determinado piloto é bom ou não na chuva, o dilema do perigo de correr, a paixão pelo esporte acima de tudo, a disciplina na reservada vida pessoal, a rivalidade declarada com outro piloto, o conhecimento do carro só pelo seu barulho, o término heroico de uma corrida com problemas de marcha, a invasão da torcida para carregar o ídolo nos braços, as discussões nos bastidores e nos briefings, a dor de ver um colega acidentado na pista...

Minha tristeza não é de luto - Senna já está eternizado como ídolo nacional e imortalizado na história do automobilismo mundial. Minha tristeza é ver que tanto talento, tantas cenas elaboradas, tantos diálogos interessantes, tantas ótimas atuações já foram investidos neste filme. Pois, agora fica mais difícil ainda sair o tão especulado filme sobre Senna. Eu vi Nikki Lauda e James Hunt na tela, mas não conseguia parar de pensar que poderia estar vendo Ayrton Senna, com Prost, Mansell, Berger, Alesi, Piquet, Ron Dennis, Jean Marie-Balestre como coadjuvantes. Sim, Hunt e Lauda mereceram este filme. E Senna merecia, no mínimo, este também. Hollywood tem destas coisas, se Rush não for um mega-sucesso de bilheteria (e aparentemente não vai), projetos com tema similares são engavetados, ou pior, produzidos com orçamento de segundo escalão. O próprio Peter Morgan escreveu a primeira versão do roteiro de Rush por paixão, não sob encomenda, e o fez sem colocar sequências de corrida certo de que, caso algum dia fosse comprado, seria para uma produção com baixo orçamento.

Mas, se esperaram mais de 35 anos para fazer jus à esta história no cinema, há a esperança de que em mais uns 15 anos veremos um filme digno de Senna nas telonas. É aceitável. Até lá tenho condições de ainda ter na memória as imagens e sensações que me farão apreciar o filme por completo.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Mande um corvo


Rápido comentário geral spoiler-free de Game of Thrones:

Engraçado como que o escritor George R.R. Martin criou um mundo fantasioso que se sustenta em um sistema de telecomunicação extremamente eficaz, disponível e rápido.

Será que a TIM pode aprender algo com os corvos?


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

MTViu


Com essa confusão toda de acaba, não acaba, muda para TV fechada (e o que muda?) me peguei com pensamentos nostálgicos dos primeiros dez anos da MTV no Brasil.

Sem YouTube (aliás, sem internet), ali era meu refúgio para ver as novidades da música internacional e nacional, principalmente Pato Fu, Skank, Karnak, Tianastácia, Chico Science e Nação Zumbi, J. Quest, Maskavo Roots e Virna Lisi. Época de surgimento (ou consolidação) também de Raimundos, Planet Hemp, O Rappa, Gabriel o Pensador, Charlie Brown Jr., Mundo Livre S/A, Cidade Negra, entre outros, os artistas brasileiros da década de 90 se beneficiaram, em muito, com a proposta da emissora.

Pensando ter vivenciado uma "época de ouro" da música nacional, rapidamente comecei a me lembrar dos one-hit wonders que apareceram então...

Akundum (Emaconhada)
Baba Cósmica (Sábado de sol)
Cabeçudos (PNC)
Comunidade NinJitsu (Detetive)
Fincabaute (Coisa de maluco)
Maria do Relento (Conhece o Mário?, Ritmo de festa)
Mestre Ambrósio (Se Zé Limeira dançasse maracatu)
Mulheres Q Dizem Sim (Eu sou melhor que você)
Nepal (E eu)
Omeriah (Dois neguinhos, Sina)
Os Ostras (Uma, duas ou três, Cai na água José)
Paulo Francis Vai Pro Céu (Perdidos no espaço)
Penélope Charmosa (Namorinho de portão)
PO Box (Papo de jacaré)
Profeta (Eliane Galileu)
Que Fim Levou Robin (Que fim levou Robin)
Rotnitxe (Reggae da polícia)
Skamoondongos (Pobre plebeu)
Skuba (Triado, Não existe mulher feia)
Tantra (Tropicália)
Os Virgulóides (Bagulho no bumba)

Certamente, se esforçasse um pouquinho mais (e incluísse categorias que passo longe, como sertanejo, pagode e axé) muito mais obscuridades viriam à tona.

O interessante é que quase 80% destas bandas estavam no mesmo micro-zeitgeist que os Mamonas Assassinas, optando pelo humor e muitas vezes por letras toscas ou de duplo sentido. Muita coisa ruim acabou sumindo, felizmente. E, no processo democrático com tantas opções, algumas coisas boas acabaram se perdendo, infelizmente.

O fato é que, mesmo salteada com bandas ruins, a MTV das minhas lembranças nostálgicas é infinitamente melhor que a MTV das minhas lembranças recentes.



quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Once Upon a Time in the Westeros...

-Recomendado apenas para quem já assistiu até o fim da 3a. temporada de Game of Thrones-

Resolvi poder voltar à sociedade e participar de discussões sobre entretenimento em geral. Nas últimas semanas passei de uma pessoa com (quase) zero conhecimento sobre Game of Thrones para um futuro ávido seguidor semanal da série.


Antes de me aventurar, a referência inicial era sempre a mesma: "é uma série adulta, há muita violência, nudez, sexo e linguagem inapropriada, que choca e surpreende constantemente". Mas nada poderia me preparar para o episódio mais recente que assisti, o penúltimo já exibido até o momento, "The Rains of Castamere".

Além de ótima produção, roteiros afiados e ótima atuação em geral, essa produção da HBO sempre teve uma trilha sonora impecável, desde seu tema (com a bem bolada sequência de abertura que muda com as temporadas, conforme a relevância de momento das referências geográficas), passando pela trilha em si dos episódios e pelas canções originais, até, e principalmente, as escolhas feitas para acompanharem os créditos finais. A grande maioria das vezes assisti até ao fim do letreiro só para ouvir a canção ou tema executado. Por opção. Só que com este episódio, acompanhei os créditos na sua integridade por falta de reação. Não havia música. Apenas um hipnotizante, e apropriado, silêncio mórbido. Atônito, não consegui desligar.

Interessante foi receber um link de um vídeo com a compilação das reações de várias pessoas que assistiam ao episódio. Parece que, de tão impactante, existem vários outros similares YouTube afora.

http://www.youtube.com/watch?v=78juOpTM3tE (com spoilers pra quem não viu até o fim da 3a. temporada)

Boa ficção faz isso: envolve e depois convida a rir ou chorar.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Esse é o truque


Em determinado momento de seu número, no Festival Planeta Mágica deste fim-de-semana em BH, o ilusionista brasiliense Guilherme Ávila segurava o baralho completo com a mão esquerda e prometia adivinhar a carta que um membro da platéia havia assinado. Em vez de simplesmente mostrá-la, pediu ao escolhido para enfiar a mão em seu bolso direito. Sentindo apenas uma carta no bolso, o rapaz puxou a carta e... não era ela. Aparentando estar constrangido, o mágico pediu que o rapaz verificasse o bolso novamente. Para surpresa geral, o bolso não estava mais vazio e várias cartas foram sendo tiradas. Então Guilherme anunciou que todas as cartas foram parar em seu bolso e apenas uma havia sobrado em sua mão esquerda - a carta assinada!

O que cativa neste truque nem é tanto o fato de mais cartas aparecerem no bolso, nem da carta selecionada ser revelada corretamente, mas sim como o mágico consegue cativar e distrair a platéia a ponto desta perder o momento em que um baralho inteiro vira uma única carta em sua mão esquerda - que estava esticada e à vista de todos o tempo todo. O público poderia ter descoberto o truque, mas se deixou levar pelo espetáculo.

"Você está procurando o segredo... mas você não vai encontrá-lo, porque, claro, você não está olhando de verdade" diz o personagem de Michael Caine em determinado momento do excelente O Grande Truque.

Com filmes que prometem reviravoltas - e todos que possuem a temática de mágica e/ou "truque" no título prometem - é a mesma coisa. A reviravolta só emplaca se dicas forem sendo dadas ao longo do filme e o espectador finalmente descobre que simplesmente não estava prestando atenção nas coisas corretas. Ele poderia ter descoberto o mistério (ao fixar os olhos na mão esquerda do ilusionista), mas se deixou enganar pelo espetáculo. É por isso que muitos acham difícil gostar de O Livro de Eli, enquanto O Sexto Sentido é elogiado quase que unanimemente.


Neste cenário, Truque de Mestre, que está naquele período pós-cinema e pré-DVD, infelizmente está no rol dos que tendem a juntar seguidores do primeiro grupo. O filme é uma boa diversão, sem dúvida, mas peca com sua reviravolta final. Há distrações (não, sr. Louis Leterrier, não são os  travellings circulares incessantes - estes distraem realmente, mas não de uma maneira positiva). Mas, não há dicas. A oportunidade do espectador ser surpreendido, justamente porque olhou para o lado errado, inexiste. Uma segunda conferida no filme deve apenas tirar um pouco de seu brilho, e não acrescentar, como acontece com outros filmes neste estilo.

Desta forma, resta o consolo de que, mistério resolvido, a anunciada continuação deve focar mais tempo nos personagens, potencialmente interessantes, mas por hora deixados de lado em prol de uma revelação não tão interessante.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Idade


Tem gente que tem memória boa para fisionomias, datas, números, telefones, fórmulas, nomes de pessoas, remédios... Se a minha funciona bem alguma vez é para coisas inúteis e filmes (os infiéis não veriam diferença nisso, mas deixo-os à mercê da misericórdia do Rei Joffrey).

Para lembrar a idade de familiares, por exemplo, desenvolvi um sistema de associação mental simples: como, por algum motivo, consigo facilmente me lembrar dos anos de lançamento de vários filmes, resolvi rebatizar as pessoas com filmes lançados nos anos de seus nascimentos.

Por princípio, evito divulgar informações de cunho pessoal aqui, mas nesse caso preciso exemplificar: meu pai, de 1945, virou Quando Fala o Coração, meu irmão, de 1985, se tornou De Volta Para o Futuro e eu, de 1977, acabei como Contatos Imediatos do Terceiro Grau (não que eu precise disto pra lembrar minha idade, mas é que todo mundo pergunta qual o meu filme quando conto minha estratégia).

Evitei exemplificar com mulheres, que odeiam o tema idade, mas vou precisar citar uma: a que motivou este post. Ela, Curtindo a Vida Adoidado desde sempre (ou desde que me conheceu), achou super interessante ao se deparar hoje com a seguinte mensagem:


A ironia é ver isto numa época em que trabalho e cursos a submetem a uma maratona de mais de 36 horas direto sem dormir, por semana.

Mas, não se chateie: pense se tivesse nascido alguns meses depois, no ano seguinte, virando Bom Dia, Vietnã numa época em que a Dilma estivesse fazendo um contra-programa de exportação de profissionais chamado 'Menos Médicos'.


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Photoshop pra quê?


Durante as filmagens de Gangues de Nova York, Martin Scorsese levou seu amigo George Lucas para o gigantesco set de filmagens onde havia reconstruído parcialmente uma Nova Iorque dos meados do século 19. Andando de um lado para o outro Lucas disse: "Impressionante, mas eu teria criado isto tudo muito mais rápido e mais barato, digitalmente."

Mas qual a graça, Sr. Lucas?

Muitas vezes os chamados efeitos práticos têm resultados mais legais que os criados por computador. E, invariavelmente, eles envolvem um processo criativo muito mais interessante e estimulante.

Vejam neste link o trabalho que um grupo de jovens suíços teve para recriar na prática uma das imagens mais famosas do cinema...




Roma não foi feita em um dia.
(mas, Naboo, sim... e deu no que deu)

sábado, 24 de agosto de 2013

Anos 60


Dando continuidade às listas de filmes por década, eis a da era dos Beatles:

01. Três Homens Em Conflito (1966)

02. A Noviça Rebelde (1965)

03. Lawrence da Arábia (1962)

04. Era Uma Vez no Oeste (1968)

05. Planeta dos Macacos (1968)

06. Os Pássaros (1963)

07. O Sol É Para Todos (1962)

08. O Professor Aloprado (1962)

09. Quem Tem Medo de Virginia Woolf? (1966)

10. Doutor Jivago (1965)


mencionei no blog que se teve uma época "de ouro" do faroeste, para mim foi a década de 1960. Os dois exemplares do gênero que constam na lista são obrigatórios para qualquer um que goste de cinema. Sérgio Leone e Enio Morricone, que dupla. E embora Professor Aloprado não seja o filme mais engraçado de Jerry Lewis, certamente é uma espécie de síntese de sua carreira como ator, escritor, diretor, produtor, compositor, cantor e humorista.

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