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terça-feira, 24 de agosto de 2010

A arte na guerra


Depois de dois posts minimalistas e pessoais, voltemos a falar de cinema...

Foi com grande desânimo que li alguns meses atrás que o próximo filme do Spielberg seria um drama de guerra chamado War Horse. E isto vindo de um fã assumido é preocupante. Nem tanto o fato da história ser centrada em um soldado e seu cavalo me desmotivou (filmes alicerçados por afeições de humanos com animais raramente chamam a minha atenção), mas mais por ser mais um filme sobre a guerra. Afinal, já não foram feitos tantos filmes marcantes sobre ela? O próprio Spielberg, como diretor e produtor, não criou algumas das obras definitivas acerca do tema?

Porém, algumas semanas depois houve uma reviravolta no meu desentusiasmo. Ao ler uma matéria sobre o livro cuja história será adaptada, algo novo me prendeu: o filme é ambientado na Primeira Guerra Mundial. E, de repente, uma empolgação começou a brotar.

Em uma análise rápida, conseguimos lembrar de dezenas e dezenas de produções sobre a já esgotada Segunda Guerra, a Guerra do Vietnã ou até mesmo a moderna Guerra do Iraque. Mas, quantas criações memoráveis sobre a Primeira Guerra vêm à mente? Os clássicos Sem Novidade No Front e Lawrence da Arábia... O imperdível Glória Feita de Sangue... Qual mais? Existem de certo alguns outros, porém, enquanto é fácil pensar em obras, recentes inclusive, de outras guerras, as mais óbvias desta que vieram a mente datam de 1930, 1962 e 1957, respectivamente.


Guerras não são legais. Mas, muitas histórias (como as das guerras) precisam ser repetidas (na arte), para que não seja repetidas (na vida). Portanto, será muito legal ver um filme atual sobre a Primeira Guerra. E Steven Spielberg é o cara certo para fazê-lo.

3 comentários:

  1. Minha teoria de que o Spielberg "gosta" de filmes de guerra por conta de suas raízes judaicas vai por água abaixo com esse contra-exemplo :)
    Outra: curioso dar destaque a um cavalo em um contexto de primeira guerra. O conceito de tanque de guerra veio da primeira guerra mundial, sob a justificativa de que era difícil avançar em terrenos altamente entrincheirados (técnica muito usada na época). Não me parece que os cavalos teriam alguma vantagem nesse tipo de terreno, pq seria importantes nesse contexto? Tudo bem, são saltadores, mas ainda assim não me parece uma boa estratégia usá-los:)

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  2. Pois é... e ele só abraçou de fato sua origem judaica em 1993, quando A Lista de Schindler mudou sua vida, mesmo já tendo feito várias incursões na II Guerra previamente. Tanto é, que chegou a declarar que nunca mais conseguiria retratar nazistas da forma caricata como havia feito em dois Indiana Jones.

    Sobre os cavalos, você é quem deveria me responder isto! O expert em guerras é você, hehehe. Bom, eu nunca havia pensado no assunto e resolvi dar uma rápida pesquisada do wiki. Parece que a I Guerra foi o começo do fim dos cavalos em Guerras:
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Cavalaria#A_decad.C3.AAncia_da_cavalaria

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  3. Na época da primeira Guerra ainda haviam características das guerras antigas, um certo romantismo. Acho que vai ser interessante ver como foi essa transição para as "Guerras Modernas".

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